quinta-feira, 11 de junho de 2009

Quero dias mais longos, e anos mais curtos...

Se o dia durasse 36 horas seríamos mais felizes, certo? Errado. Se o dia durasse 36 horas precisaríamos que ele durasse 48 e se ele durasse 48, iriamos querer um dia de 72 horas. Já repararam como o tempo gosta de brincar conosco? Tudo bem, vocês vão dizer que ele é relativo, que depende sempre de um parâmetro, que discutir a infinitude do tempo é uma questão filosófica…Concordo. Mas ainda tenho aquela sensação incômoda de que o tempo está rindo da minha cara.

Há situações em que o tempo faz piadas de mau-gosto conosco, faltando nos momentos em que mais precisamos dele. Sem falar que, o danadinho sempre acaba quando estamos nos divertindo. Reparem como o fim de semana passa depressa. Uma vez, li uma entrevista na Scientific American em que um cientista americano defendia a teoria de que o nosso ritmo de vida estressado e apressado altera a rotação da Terra. Ele explicava alguns cálculos físicos e matemáticos e claro, citava efeito estufa e outros fatores de desequilibrio ambiental, para concluir que, embora tenhamos a sensação de viver um dia de 24 horas, estamos na verdade vivendo 16 horas e alguns minutos. Se o pesquisador está certo, não faço ideia. Trata-se de uma teoria que pode ser contrariada, ou comprovada, por outro pesquisador.

O que sei é que todos nós, cidadãos contemporâneos, vivemos uma falta de tempo crônica. Nós deixamos que o tempo nos manipule, ao invés de assumirmos as rédeas da carruagem. Quantas vezes você reclamou nos últimos dias de que não tinha tempo para nada? E se, ao invés de tornar-se refém do tempo você tentasse qualificá-lo? Não sabe como fazer? Que tal começar elegendo prioridades? De curto, médio e longo prazos.

Viver é escolher. Bem disse Cecília Meirelles, que nossa existência é eternamente conduzida por estados de escolha, “ou isto ou aquilo”. Escolher é sinônimo de sabedoria. Minha mãe costuma dizer que devemos evitar colocar o chapéu numa altura onde o braço não alcança. Até porque, se o colocarmos alto demais, teremos problemas para resgatá-lo depois. Por isso, comece eliminando aquele monte de tarefas com as quais se sobrecarrega sem motivo ou necessidade. Exercite dizer não quando querem te dar mais tarefas do que sua capacidade de realizá-las. Evite abraçar o mundo todo, como se tudo o que existe dependesse de você para existir. Eleja prioridades. O mundo continuará girando com ou sem você.