Sempre vivi com voracidade, tanto o riso quanto a dor, tanto os momentos de alegria quanto os de tristeza. E quando falo dor, não imaginem que tive fatos graves na minha vida, porque sinceramente não os tive. Não tive pai alcoolatra, não sofri nenhuma forma de abuso sexual, não tenho traumas de infância, nunca passei por dificuldades financeiras, nunca perdi alguém muito próximo, enfim, até aqui tive uma trajetória bastante tranquila. Porém, isso não quer dizer que não tive as minhas dores. Elas podem ser irrelevantes se comparadas a pessoas que passaram por algumas dessas coisas que citei ou por outras até piores, mas dentro de mim elas não foram nada irrelevantes, muito pelo contrário, me fizeram crescer e amadurecer, sou o que sou hoje devido as minhas dores. Eu não menosprezo a dor de ninguém e não gosto que menosprezem as minhas. Dores nunca serão desprezíveis para quem as sente. Ás vezes o que é fundo para a gente, pode ser raso para o outro, mas a verdadeira profundidade só sabe quem carrega. O mesmo acredito que aconteça com a felicidade. Já dizia sabiamente Caetano: "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".
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Um comentário:
Caraca, Mari!!
Muito bom!!
Vc vai longe.
Beijos!!
Ass: Nenel
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